Será apenas Burrice ou precisamos olhar com mais seriedade para a conjuntura e para nosso papel transformador na prática e não apenas nas filosofias em tempos de campanha?!
Chamar a população de burra não nos leva a nada. Qual nossa autocrítica? Quais os nossos equívocos?
Será que comunicamos tudo que entendemos como progressistas? Somos os melhores? 7 milhões de pessoas da capital de SP discordam deste dado. Acho que devemos olhar para isso...
Acham mesmo que as pessoas votam para terem o pior? Obviamente, não!
As pessoas querem o melhor e para um número elevado de pessoas o melhor foi ter um Administrador (será que não administramos bem as vistas da população?) e um político que diz não ser político. Qual a visão de política para maior parte da população? Qual foi nosso papel para debater estes assuntos para além dos que participam de nossas ações?
Em um momento que o debate de gênero nas escolas é negado e que a lógica da escola sem partidos avança... Precisamos reavaliar nossas militâncias e papéis.
Com quem dialogamos, como fazemos?
Enquanto muito de nós administrávamos equipamentos públicos, dos mais diversos setores, conseguimos avançar na formação, na aproximação com os munícipes e na prática para além das filosofias?
Defendemos mesmo (sejamos sinceros) as pautas peitadas pela prefeitura e nossa gestão para além dos nossos grupos de trabalho ou fizemos o tal fogo amigo que sem autocrítica e construção para mudanças, de nada serve?
Não causa estranheza a população "burra" votar no Dória e eleger Suplicy como mais bem votado? o que podemos aprender com Suplicy? Uma fala próxima da periferia e dos movimentos populares e que defende com seu corpo os que mais precisam?!
O que a população está nos dizendo? O que as pessoas que não estão nas universidades públicas e nem são descolados da esquerda estão nos falando? E aquelas pessoas que trabalham e recebem bem mal e nem se quer pisam na Paulista, nem com ela aberta, nem fechada, estão nos dizendo? E o povo que prefere correr nos carros? será que tem pouco tempo para viverem de maneira qualificada?
Qual nossa tarefa? o que deixamos de fazer?
Como olhar sem paixões para este retrocesso prático e filosófico e buscar nosso papel qualificado e sem máquina para gerir?
O que falar dos partidos políticos? Dialogam com quem? E as manifestações dos últimos tempos, o que avaliar?
E a Câmara Municipal? Renovação??? Quais as forças que lá estão? Quem ganhou de fato? Acham avanço ou retrocesso a manutenção de boa parte dos vereadores? Semana que vem falaremos ainda sobre eles ou sobre gestão pública?
São muitas questões que estão para muito além de avaliar a inteligência ou não do eleitor, ou ainda de quem (uma graaaande parcela) preferiu nem votar (sejam os ausentes, ou brancos e nulos). O que nos dizem? Que tanto faz? Que nenhum é bom? O que falar das tais periferias que muitos candidatos adoram usar em campanhas? Que elas estão negando nosso projeto. Em diversos pontos não fomos o segunda mais votados, e sim o terceiro ou quarto. o que diz este dado?
Vamos falar sobre estas coisas? Vamos fazer leitura de nós mesmos e nosso papel nesta conjuntura política municipal e nacionalmente?
Que hacer para além de criticar a população? Democracia tem destas coisas, vence quem a maioria acredita ser o melhor. E porque o melhor não somos nós mesmo acreditando que somos? Burrice dos outros? Será???
Ah! claro! O papel da mídia golpista é grande. O que fazemos para o bom combate em um cenário tão contrário a nós?
Precisamos pensar porque saímos derrotados? E não é de hoje.
O que nos diz a população de São Paulo e do Brasil?
Esquerda? Direita? O que significa isso ma atual conjuntura do país? Isso existe mesmo?
Vamos pensar um pouco...