segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Protocolo da aula de teatro

Este protocolo relata minha memória da infãncia com jogos e brincadeiras e mostra estes traços em minha personalidade e escolhas atuais.


"Várias memórias e marcas se dão na minha vida a partir de experiências da infância. Sou filha única, mas sempre estive rodeada de crianças e assim acabei dividindo bem meu tempo para atividades em grupo e momentos individuais.


A gente sempre tem tempo para tudo e fases para diversos tipos de brincadeiras. Recordo-me brincando desde futebol com os meninos na rua até de casinha sozinha em casa.

Brinquei de tanta coisa e com tanta gente. Era esconde-esconde, elefante colorido, handboll, futebol, vôlei, pula corda, elástico, queimada, amarelinha, andar de bicicleta e patins, jogos de quebra-cabeça, ustop, casinha, bonecas, modelo, artista de TV e de teatro e adorava sumir em árvores para pegar frutas, mexer com as pessoas que passavam pela rua ou simplesmente papear com as amigas lá em cima.

Lembro-me bem, que ficava ansiosa quando tinha saída para o teatro ou apresentações na escola. Quando retornava para casa, ficava semanas imitando as cenas e reconstruído mundos. Adorava trabalhos na sala de aula que tinha a opção de apresentar em forma teatral, ai sim eu me divertia bastante e estudava bem para conseguir apresentar o melhor trabalho.

Eu adorava assistir programas da Xuxa, Angélica e Mara Maravilha, prestava atenção em tudo, depois ia para o quintal e imitava tudo, fazia propagandas, passava desenho e brincava no meio da criançada. As plantas do quintal era meu público, eu imitava as apresentadoras e depois passava dando beijinhos nas folhas como se fossem as crianças.

Reconheço-me hoje, em minhas escolhas, com diversas atividades que fazia quando criança. Adorava dar aulas para minhas bonecas, dei aula até para meus coleguinhas mais novos. Ajudei muitos na alfabetização. Hoje trabalho com arte educação.

Minha lembrança da presença dos meus pais também fortalece este tempo, fazia barquinhos de papel com meu pai, escutava histórias com meu avô e pulava corda, jogava bola entre tantas outras brincadeiras com minha mãe, que sempre estava do meu lado.

Esta divisão de tempo para momentos individuais me fazia viajar e ser organizada e diferente do que os outros pensam sobre ser filha única, nada de mimada. Tenho a marca desta divisão em mim até hoje, gosto de gente, de estar em contato e adoro trabalhar com pessoas, mas não abro mão dos meus momentos individuais, de leitura, de silêncio, de arrumação do meu encontro comigo mesma. Esta divisão me dá um equilíbrio necessário para minha felicidade."

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