segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Retomando Canclini

No seminário que presenciei com Canclini, ficou em destaque como estratégico para discutir o capitalismo a relaçao da arte, redes sociais e juventude. Estes eixos trazem consigo o debate sobre as mudanças na producão, circulação e consumo cultural e traz a tona a discussão sobre a difusão estendida ou seja as redes virtuais trazem outros caminhos para produção e difusão dos produtos culturais.
Em pesquisas recentes aparecem que o jovem não "leem e não escrevem" ou não têm o hábito da leitura e escrita. Será correto afirmar isto? Ou melhor seria entender que isto se dá de outras maneiras. As redes virtuais não trazem outras respostas. Não será melhor observar que há outras maneiras e outros instrumentos utilizados por estes mesmos jovens?
Mas outro debate aparece, o do acesso. Quem tem acesso a internet e/ou a linguagem da internet. As lan houses conseguiram minimizar o problema do acesso, mas com que qualidade?

Com curiosidade recebi o dado que houve crescimento de 10%  na abertura de livrarias no Brasil. Isto mostra uma contemporaneidade complexa onde cabe diversos caminhos.

A internet,na sociedade capitalista não podia deixar de lado um traço forte desta sociedade, a insegurança, o que veio para democratizar o acesso a informações e para ampliar a relação entre pessoas, traz a insegurança na utilização de diversos mecanismos. A sensação de controle e vigilância, típica de nosso dia a dia, também aparece pelo mundo virtual onde todos sabem de tudo. O que comemos, o que vestimos, nossas preferências sexuais, nossas redes de amigos, nossas fotos... Canclini preferiu nomear este fato de "strep tease ingenuo".

Eis que surge uma nova profissão, pesquisadores de redes sociais, pessoas que vasculam perfis nas redes sociais e tendências para desenvolver e/ou justificar produtos, Moderno , não?!!

Podemos perceber que a insegurança, antes pensada no nível da convivência, agora toma formas virtuais e propoe precaução com o uso da internet. "O novo espírito capitalista".

Mas, calma, não há apenas problemas com a internet, nem só "Vigiar e Punir",mas é de extrema importância caminharmos para além da simples facilidade de intercâmbios de informações e pensarmos as modernas formas que se dá sua utilização. A internet traz a facilidade de intercambiar informações de um lado a outro em apenas um clic, de facilitar contatos com pessoas geograficamente distantes, de ser uma ferramenta para divulgação de produtos entre tantas outras facilidades. O que temos, a meu ver, é ter a preocupação de não perder a referência da convivência e das relações pessoais.

Confesso que uma preocupação eu tenho, esta nova geração conseguirá viver sem as máquinas, conseguirá ter recursos para organizar suas vidas caso as máquinas parem?

Precaução e boa utilização dos meios virtuais. Não deixemos nunca de pensar o que tem por trás de determinadas ações, o que publicizar?!. Com cautela o uso será muito mais agradável.

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